Projeto "De Mãos Dadas Com a África"

Nkadayo e Maria

Escolas para Crianças Carentes
Promove e apóia a educação básica

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Matérias veiculadas em jornais e outros

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Correio do Povo, Ano 116 Nº 115
Edição de 23/01/2011
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Jornal Zero Hora
Edição de 11/03/2011

Jornal Diário da Fronteira
Edição de 15/03/2011

Fernando Alves Blog Spot
Edição de 30/06/2011

Ruy Gessinger Blog Spot
Edição de 29/06/2011

Reprodução do texto de Valéria Del Cueto no Jornal Tribuna de Uruguaiana (30/04/2011).

Não importa!

Fazer o bem, a quem? Tem um ditado que diz pra não olhar. Nunca havia atinado no seu sentido. Até outro dia quando numa roda de café alguém comentando sobre a propriedade ou inadequação de um determinado projeto humanitário e defendeu, como outros, a tese de que era um absurdo com tantos alvos de caridade no entorno, dedicar tempo, energia e recursos a uma causa distante.

A indignação era feita de forma direta, baseada em variadas objeções e críticas indiretas. Pensei para argumentar. O interlocutor merecia uma resposta objetiva em contraponto à sua crítica.

Minha réplica partiu da premissa de que no entorno há uma grande quantidade de almas abastadas e caridosas capazes de estenderem suas mãos aos necessitados locais.

Mas, em algumas situações o cinturão de proteção social estava totalmente ausente. E estes precisavam de atenção tanto ou mais do que os que possuíam uma rede de proteção. Se não fossem os audaciosos e abnegados distantes quem poderia suprir as mais básicas necessidades destes abandonados? Foi aí que comecei um exercício filosófico sobre quem dá e quem recebe.

Minha opinião é de que não tem qualquer peso ou relevância a posição geográfica, social, cultural ou religiosa do objeto da generosidade.

O que vale é doar. Não interessa pra quem. O ato de estender as mãos não ganha maior nem menor valor de acordo com seu alvo. Ele vale apenas pelo quanto nos doamos, não importa a quem.

Por isso, reforço aqui o apelo do médico Raul Valls, de Uruguaiana, Rio Grande do Sul. Juntamente com o fotógrafo Justo Casal ele faz, neste momento, uma campanha apaixonada.

Quer levantar os recursos necessários a construção de uma escola em Lenkisem, comunidade massai de três mil habitantes no interior do Quênia, continente africano. O projeto se chama “De mãos dadas com a África”.

Raul conheceu a comunidade de pastores localizada próxima Parque Nacional de Ambroseli e ficou impressionado com o local onde as crianças se reuniam para estudar: embaixo de uma árvore, a mercê das intempéries. Elas pediram ajuda para construir uma escola e ele estendeu o pedido aos amigos e a quem mais puder colaborar aqui no Brasil.

A iniciativa é louvável e pode ser acompanhada pelo site http://www.discovering.com.br. Contribuições serão bem vindas. A diferença é que os agradecimentos serão na língua dos Maasai! Feliz Páscoa para todos.

*Valéria del Cueto é jornalista, cineasta, gestora de carnaval e porta-estandarte do Saite Bão. Esta crônica faz parte da série Fronteira Oeste do Sul, do SEM FIM http://delcueto.multiply.com

© Raul Valls. Todos os direitos reservados.