As viagens foram se sucedendo, o mundo foi se apequenando e as informações se acumulando. Fui escrevendo minhas impressões de viagem – diário de bordo -, e selecionei fotografias. Depois de meu primeiro livro - “Viajar, uma Paixão” - senti a necessidade de criar um site - www.discovering.com.br - para compartilhar minhas experiências de quarenta anos de andanças e também interagir com viajantes que sentem como eu.
Com minha raquete a tiracolo foi mais fácil realizar meus sonhos. Ser um viajante, e quase todos os tenistas o são, é uma filosofia de vida. Quando viajamos nos tornamos mais receptivos e nos sentimos mais partícipes de um mundo cada vez mais globalizado.
Da esquerda para a direita: Pilar, Martin, Silvia e Raul
Viajei a maioria das vezes com minha mulher Silvia. Também viajei sozinho, com meus filhos e com amigos. Posso dizer que rodei o mundo, cruzei fronteiras, de avião, carro, barco, ônibus e até de carona. Apesar de nunca ter viajado com mochila, sinto e me desenvolvo como um mochileiro. A falta de outros idiomas no início foi um sufoco, mas com o tempo incorporei em minha bagagem algo de inglês e francês. Por ser homem de fronteira e por ter estudado e casado na Argentina, tornei-me fluente em espanhol. Aprendi muito sobre os paises que visitei com choferes, garçons e porteiros de hotel, mas principalmente com aventureiros que perambulam por este mundo afora.
Iniciei minha aventura passando a lua de mel em Acapulco. O convívio com esse povo hospitaleiro, alegre e sua cultura milenar contagiou-me e tornei-me um viajante compulsivo. Em todos esses anos recorri as Américas e ilhas do Caribe. Aventurei-me por terras longínquas como Finlândia, Suécia, Noruega e Dinamarca. Apaixonei-me pela Rússia dos Czares e até no trans-siberiano andei. Percorri os paises do Leste Europeu, mas foi em Londres e Paris onde desfrutei momentos inesquecíveis, não somente por seu charme, como também pela atração dos Torneios de Wimbledon e Roland Garros. Em um safári senti a África Selvagem e fascinei-me pelo Mundo Islâmico, recorrendo o Egito em barco até a fronteira com o Sudão, o Deserto Marroquino em 4x4 e a Turquia.
Mas de tudo que já tinha vivenciado, quatro experiências mudaram o rumo de meus futuros destinos: o contato com a natureza na África; o assombro diante dos restos da civilização Maia em Chichen-Itza; o envolvimento por uma áurea de mistério em Cuzco e Machu-Pichu e o fascínio pela cultura muçulmana. Daí pra frente fui em busca de aventura nas alturas dos Andes, nas geleiras da Patagônia, nos mares bravios da Passagem de Drake e no Deserto do Sahara.
Toda essa trajetória foi um aprendizado de vida, uma rica experiência,uma escolha da qual não me arrependo. Vivi intensamente. Se tivesse a oportunidade de viver novamente, não pensaria duas vezes: seria trota-mundos.
Entendo que viajar é uma opção e uma possibilidade, e que não é crucial para se viver bem, mas tenho certeza que se viajássemos com frequência seriamos mais solidários, haveria menos racismo e menos guerras. Compreenderíamos melhor as diferenças e viveríamos em harmonia.
Tenho vários projetos de viagem-aventura e quero compartilhar com vocês. Se minhas vivências despertarem em alguns leitores a alegria de viajar, minha missão estará cumprida. Espero que a recolha de informações de todos esses anos vagando pelo mundo sirva de ajuda para quem se inicia na fascinante trilha de conhecer o planeta que habitamos.
Venha viajar conosco!
Tenista, ex-dirigente esportivo, foi membro do Comitê de Desenvolvimento de Tênis da Fronteira Oeste (Federação Gaúcha de Tênis) e atualmente é membro de Parceiros Voluntários e da Cruz Vermelha/RS.
Idealizador e organizador de eventos profissionais de Tênis Internacional (Três Fronteiras Open) e Infanto-Juvenis (Copa Mercosul).
Trota-mundos há 40 anos e como fotógrafo amador, realizou duas mostras fotográficas na Assembléia Legislativa – Solar dos Câmara : “Andanças pelo Mundo” (2010) e “De Mãos Dadas com a África” (2011) em parceria com o argentino Justo Casal (laureado em Direitos Humanos pela Universidade de Birminghan, Inglaterra). Realizou, também, durante a Semana de Uruguaiana (2012), a Exposição fotográfica “Índia, uma cultura milenar e fascinante”.
Em 1997 lançou em Porto Alegre, na Associação Leopoldina Juvenil, o livro “Viajar, uma Paixão”, sobre suas andanças pelo mundo.
Idealizou o Projeto “De Mãos Dadas Com a África” de ajuda humanitária as comunidades Maasai do Quênia, África Oriental. Nesse projeto foi de fundamental importância a parceria com o argentino Justo Casal. Inaugurou, com ajuda do Rotary Internacional e da comunidade uruguaianense, duas creches, na localidade de Lenkisem (Quênia).
Idealizou os Projetos “África Vermelha”, “ Índia Vermelha” e “La Havana Roja”, em parceria com o Interagir. Esses projetos têm a finalidade de inclusão social através do esporte e da Educação Básica, para crianças carentes, e divulgar as cores do S.C. Internacional em todos os recantos do planeta.
Laureado como Embaixador Colorado, para o mundo, no Beira-Rio, em 27/10/2012 (jogo Inter x Palmeiras).