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Zambia e Zimbabwe - África


Zâmbia
Dados gerais

O país esta situado na áfrica Austral e recebeu influência ocidental desde o séc. XIX com a chegada dos missionários e exploradores Britânicos como David Livingstone e Cecil Rhodes. Seu primeiro nome foi Rodésia do Norte.

  • Capital: Lusaka (1.400.000 habitantes)
  • Principais cidades: Livingstone (120.000 habitantes), localizada a 7Km das Cataratas. Visitar o Museu Livingstone com objetos e livros usados pelo famoso explorador.
  • Moeda: Kwacha zambiana
  • Religião: a religião principal é o cristianismo (70%) e as diversas crenças africanas (30%).
  • Idioma: Inglês, embora inúmeras línguas bantas sejam utilizadas.
  • IDH: 0,395 (150º lugar), índice baixo.
  • Mortalidade infantil: 92/1000
  • Expectativa de vida: 42 anos
  • Alfabetização: 68%
  • Economia: mineração (maiores produtores de cobre do mundo).
  • Agricultura de subsistência.
  • Boa renda provém do turismo.
  • Curiosidades: O prato básico da comida zambiana é a nsima, que é uma panqueca, geralmente feita de farinha de milho, comida com as mãos e acompanhada com porções de carne ou vegetais. É imprópio recusar comida.

Victoria Falls – Zâmbia
Patrimônio Natural da Humanidade

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Victoria Falls – 110 metros de altura de pura beleza
Victoria Falls – 110 metros de altura de pura beleza
Diário de Bordo - Parte I

Partimos cedo para cruzar a fronteira, no passo de Kazulunga, que nos levaria a Zâmbia (o sexto país de nossa viagem). Cruzamos o mítico rio Zambeze em uma balsa. Sempre me atraíram os passos fronteiriços, mas os encaro com algum receio. O comércio formiga, os cambistas que vieram como enxame sobre nós e os taxistas que cobravam qualquer preço para levar-nos até a cidade de Livingstone, deixou-me fora de prumo. Apurados e sem vontade de pechinchar ou ver o câmbio real nos sentíamos um pouco “vendidos”, como dizia o espanhol. Tomamos um taxi e partimos em direção das cataratas Victoria Falls. Foi nosso quarto Patrimônio Natural da Humanidade a ser visitado.

Apesar de estarmos na estação das secas, elas são impressionantemente grandiosas. Figura com justiça entre as Sete Maravilhas do Mundo. Em 1855, quando o médico e missionário escocês David Livingstone as viu pela primeira vez, quando descia o rio Zambeze, escreveu em seu diário: “Imagens tão belas como esta devem fazer que os anjos olhem desde o alto”. No idioma korolo é conhecida como “Moshi-ao-Tunya”, que significa “a névoa que ruge”. Seus números impressionam: 1,7 km de largura, 108m de altura e 1 milhão de l/s.

Amanhã continuaremos a admirar as cataratas do lado de Zimbabwe.

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Com nosso amigo Pedro Cuenca – um Don Juan contemporâneo
Com nosso amigo Pedro Cuenca – um Don Juan contemporâneo
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Comércio formiga entre Zâmbia e Botswana
Comércio formiga entre Zâmbia e Botswana

Hoje nos despedimos de Pedro, nosso amigo espanhol, que continuaria sua viagem em direção de Moçambique. Retornamos em táxi novamente para o passo fronteiriço de Kazulunga, só que agora vamos cruzar para o Zimbabwe. Haviam nos alertado de que seria arriscado visitar esse país africano. Leio nos jornais que existe racionamento de gasolina, muita inflação e quase não existe coca-cola. Como ando a pé, não sou adito à coca-cola e a inflação só interessa aos que vivem aqui, achamos por bem enfrentar o desafio.

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Cruzando o mítico Zambeze de Botswana para Zâmbia
Cruzando o mítico Zambeze de Botswana para Zâmbia
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Junto à estátua do médico e missionário escocês David Livingstone, que me inspirou a viagem
Junto à estátua do médico e missionário escocês David Livingstone, que me inspirou a viagem

As informações se acumularam tanto que a esta altura da viagem tínhamos que estar muito atentos para evitar dissabores ou confusões. A língua mudou de Setswana para Shona ou Ndebele (similar ao Bantu); o dinheiro mudou de Pulas (Botswana) e Chacra (Zâmbia) para o virtual dólar Zimbawense. A inflação é tamanha que num quiosque de souvenirs estava à venda uma nota de 100 trilhões de dólares zimbawenses. Comprei uma como raridade. O caos é tão grande que a própria moeda é motivo de chacota por seus habitantes.

O país é governado com mão de ferro por Roberto Gabriel Mugabe, 80 anos, e, a trinta e um no poder. Sentimos já na entrada do país certa tranqüilidade para os turistas com respeito a preços de serviços e ausência de cambistas - uma eterna tortura para os viajantes-. Trocar dinheiro na rua é considerado crime.

Como estava bem descansado e já curtido da estada em Zâmbia, averigüei o preço dos táxis e contratamos um zimbawense com cara de bonachão. chamado Nathan, para levar-nos até Vic Falls, como é carinhosamente chamada por seus habitantes e viajantes. Combinamos o preço que já sabíamos, e Nathan disse que gostaria de levar mais duas pessoas conosco para completar o preço da viagem, ao que aceitamos.

A primeira impressão de Vic Falls foi ótima e em pouco tempo estávamos alojados no Victoria Falls Rest Camp, justo a escassas quadras do centro da vila. O preço é excelente em relação a todas as facilidades que nos proporciona: piscina, jacuzzi, frigobar e um excelente e de muito bom gosto bar e restaurante. Por primeira vez, pudemos desfrutar da verdadeira gastronomia africana. Comentávamos a falta de imaginação dos africanos, que em vez de aproveitar todas as possibilidades de uma gastronomia diferente e exótica, optaram em importar modelos sem graça e sem gosto algum (Burger Kings e similares). Não sou chegado em comentários sobre comida, porque não sou gourmet, mas os hábitos alimentares e tipos de comida fazem parte de algo que entendo chamar-se Geografia Humana, e se impõe falar de nosso cardápio para hoje: Benhur se atracará num javali e eu num filé de cola de crocodilo, todos condimentados com salsas típicas e degustando um Shiraz sul-africano servido corretamente, à temperatura de 18º.

Como estamos relaxando de nossa extensa e cansativa jornada de quase trinta dias por terras africanas, nosso ritmo diminuiu para acompanhar o dos nativos - aqui é tudo em slow motion como na Bahia -, mas já agendamos para os próximos dias: voo em helicóptero sobre as cataratas; safári sobre elefantes; safári a cavalo e o imperdível chá das cinco dos antigos colonizadores ingleses, no elegante Terrace Café do Victoria Falls Hotel, com vista para as cataratas.

Espero que a Margarete e o general Leal não se zanguem comigo. Ela por eu ter permitido seu amado filho a cavalgar junto de animais selvagens e o general por eu ter trazido o amigo para terras tão conflituosas.

São 6h30min e estou assistindo à TV Aljazeera, no In-de-Belly Restaurant, que se encontra dentro do Rest Camp, sentado em uma elegante poltrona de ratam, legado da colonização inglesa, com uma relaxante vista para a piscina. O nativo que nos serve já ganhou uma camiseta e um boné do colorado. Estou pintando a África de red.

Depois conto como foram nossos últimos dias em Vic.

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Panorama das Cataratas desde o lado Zambiano
Panorama das Cataratas desde o lado Zambiano

Tchau.


Zimbabwe
Dados gerais

  • País situado na áfrica Austral e antigamente chamado de Rodésia do Sul.
  • O pais vive sobre regime ditatorial, dirigido por Roberto Mugabe, com mão de ferro e muita corrupção.
  • Capital: Harare (1.600.000 habitantes)
  • Bulawaio: 800.000 (habitantes)
  • Religião: cristianismo 69%, crenças tradicionais 30%
  • Idioma: inglês, shona, ndebele
  • IDH: 0.140 (169º lugar), baixo (último do ranking)
  • Mortalidade infantil: 69/1000
  • Expectativa de vida: 51 anos
  • Alfabetização: 7.3%
  • Economia: mineração, agricultura e pecuária.
  • Curiosidades: No ranking da miséria, tendo como parâmetros (dados da Fundação pela Paz - 2010), o Zimbawe, encontra-se infelizmente no último lugar.
    a) Colapso político
    b) Média de anos de morte prematura
    c) Pobreza dos cidadãos
    d) Colapso do comércio e negócios

    Em abril de 2009, o país abandona sua moeda e usa o câmbio livre de dólares americanos, euros, libras esterlinas e rands sulafricanos.

    A maior cidade-ruina pré colonial da África Subsariana, Grande Zimbawe, encontra-se no país. Loocaliza-se na fronteira do Zimbawe com Moçambique, e foi um importante centro espiritual da Cultura Shona. Foi construída por volta de 1200. Em 2009, a inflação chegou aos exorbitantes níveis de 98% ao dia.

Victoria Falls – Zimbabwe
Patrimônio Natural da Humanidade

Diário de Bordo - Parte II
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Cruzando a fronteira Zambia-Zimbabwe
Cruzando a fronteira Zambia-Zimbabwe
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Victoria Falls – vista panorâmica desde o helicóptero
Victoria Falls – vista panorâmica desde o helicóptero

“UMA JÓIA SEM PÉROLAS DA ÁFRICA” – Sri Chinmoy, filósofo e guru indiano, que lutou durante sua existência pela paz.

Hoje é o penúltimo dia de nossa jornada na África. Enquanto Benhur lê seu livro predileto de filosofia, protegido em um típico carramanchão africano, com um pé direito de 8 metros e com teto do equivalente ao capim santa fé, em uma manhã quente e húmida, optei por despedir-me desse Continente Virgem, observando as Cataratas Victória.

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Contemplando as cataratas
Contemplando as cataratas
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Inflação de impressionar até brasileiro – nota de 50 trilhões
Inflação de impressionar até brasileiro – nota de 50 trilhões

Caminhei os dois quilômetros que separam nosso simpático Rest Camp do Parque Nacional de Victoria Falls. Não podia ter escolhido melhor lugar. Envolvido na névoa emanada de milhões de litros de água que despencavam de cento e dez metros de altura, sentei-me para meditar e esperar que a luz colorisse a névoa formando o arco-íris.

O contato com a água, o verde intenso da floresta tropical e os musgos que crescem entre as pedras do precipício me tranqüilizaram.

OBRIGADO ÁFRICA. OBRIGADO SOFRIDO E AMÁVEL POVO AFRICANO.

É hora de partir. Sinto saudades de meus afetos.

Voltarei para dar seguimento ao Projeto “De Mãos Dadas Com a África”.

Até a próxima aventura.

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Distribuindo material do Interagir para o nosso chofer Nathan e seu filho
Distribuindo material do Interagir para o nosso chofer Nathan e seu filho