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Deserto da Namíbia

Dados gerais

A Republica da Namíbia foi o último país africano a ser formalmente descolonizado (1990).

  • População: 2 milhões de habitantes
  • Moeda: dólar namibiano (1 U$ = 7,7 dólar namibiano)
  • Nacionalidade: namibiano
  • Capital: Windhoek, 300 mil habitantes
  • Fuso horário: +1 GMT
  • Idiomas: inglês. Outras línguas: africânes, alemão, damara, setsuana e silozi.
  • Religião: luteranismo (50%). Outras: religiões cristãs, 30%. Religiões tradiocionais africanas: 10%. Islamismo: 3%.
  • Taxa de analfabetismo: 85% (nº 107 do mundo)
  • IDH: 0,606 (nº 105 do mundo)
  • Expectativa de vida: 52 anos
  • Mortalidade infantil: 42/1000
  • Clima: quente e seco, com noites frias.
  • Curiosidades: Namíbia, literalmente, quer dizer "vasto terreno", e é o mais antigo deserto da Terra, e o segundo mais seco, depois do Atacama (Chile). Na Namíbia é onde se encontra o maior número de chitas (guepardo), o animal mais rápido do mundo animal. Para os que gostam de geografia, é o único lugar do mundo que tem uma quadrifronteira, no Rio Zambeze, onde fazem fronteira Namíbia, Botswana, Zambia e Zimbabwe.

Diário de Bordo

Dunas Vermelhas de Sossusvlei

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Alvorecer a 300 metros de altura
Alvorecer a 300 metros de altura

Chegamos a Windhoek, capital da Namíbia, via aérea, desde Johannesburgo. É o quarto país africano que visitamos em nossa viagem por esse continente ainda virgem. O calor é escaldante, mas seco, o que para nós da fronteira, não é nenhuma novidade. No aeroporto nos esperava alguém da Tenna Express que eu havia contratado via internet para nos levar ao Cardboard Box Backpachers, um simpático e cômodo hostel de mochileiros e aventureiros. O ambiente era muito agradável. Gente de todas as faixas etárias lendo seus livros de viagem ou fazendo suas anotações. Instalamo-nos num quarto com quatro camas, só para os dois. O banho era compartido. Cada quarto tinha o nome de um famoso hotel internacional. O nosso era o Waldorf Astoria. Achei uma idéia divertida.

A Namíbia tem uma das paisagens mais impressionantes do planeta, com cenários surreais que variam de planícies de cascalho e rochas a verdadeiros mares de areia com dunas gigantescas de cor vermelho-ocre.

No dia seguinte partiríamos ao amanhecer para nosso primeiro e mais importante destino no país – as Dunas Gigantes e avermelhadas de Sossusvlei -. Tentaríamos escalá-las e fotografá-las ao amanhecer. Consideradas das mais altas do mundo (algumas com mais de 300 metros), por si só visitá-las vale uma viagem à Namíbia. O espetáculo ocorre pela manhã, quando o nascer do sol sobre as dunas proporciona verdadeiro show de luzes, sombras e cores. Nossa aventura por essa terra inóspita e árida, mas de um povo afável, será em uma Toyota Landcrusier (as únicas capazes de agüentar o mau estado das estradas no interior da África), com direito a cozinheiro e acampamento básico em campings (internet, piscina e bar-restaurante). Nosso esqueleto já estava se acostumando a tanta judiação, e, como a Namíbia é um dos mais caros destinos africanos, essa era nossa única opção.

Depois de instalar-nos fomos bisbilhotar as comodidades de nosso Hostel. Uma sala de estar com enormes e fofos almofadões, mesa de bilhar, internet livre, uma pequena piscina e um caramanchão onde funcionava o bar.

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As dunas mais altas do mundo (325 metros)
As dunas mais altas do mundo (325 metros)

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As dunas mais altas do mundo (325 metros)
As dunas mais altas do mundo (325 metros)

Combinamos com Emanuel, que seria nosso chofer e cozinheiro, que partiríamos ao alvorecer. Nosso trajeto até o Camping de Solitaire demandaria quatro horas, das quais três horas sobre estrada de terra. Emanuel nos fez passar maus momentos: estouramos um pneu e tínhamos somente um reposto (viajando em estrada de pedras soltas – o que eles chamam de gravel; ficamos sem gasolina em pleno deserto, ainda bem que faltavam só sete quilômetros para o Camping, e, por último ele tinha o pé muito pesado: não baixava de 110 e 120k/h (altamente arriscado em estradas daquele tipo).

Chegamos à famosa Duna 45 quando o sol iniciava a colorir as gigantescas montanhas de areia de uma cor de ferruginosa devida ao efeito do oxigênio da atmosfera ao se combinar com o ferro.

Impressionei-me com a altura da duna que eu queria fotografar. Alguns, mais afoitos já estavam lá no alto e se viam como pequenas partículas ante a vastidão do cenário. Teríamos que subir pela espinha dorsal da duna. Era a forma mais segura, mas ficava pouca margem para erro. Iniciamos a subida e ao chegar mais ou menos a uns duzentos e oitenta metros de altura, achei que seria imprudência minha continuar. Estava firme de pernas e de fôlego, mas a vertigem me fez recuar e dei a câmara ao Benhur para que ele fotografasse lá do alto.

Ao retornar, após umas três horas fotografando e deleitando-nos com uma paisagem paradisíaca, degustamos nosso café debaixo de uma acácia, quase seca, e continuamos em direção do Vale da Morte.

Nesse exato momento estamos no bar do camping, ao lado da piscina e dentro de algumas horas o Emanuel organizará a mesa, cadeiras e preparará uma salada e massa com galinha.

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Vale da Morte
Vale da Morte

Amanhã voltaremos para Windhoek, e pernoitaremos novamente no alegre e convidativo Cardboard Box Backpackers. Já havíamos deixado reservado, pois o Hostel é muito requisitado e pedi para que nos esperassem com uma lasanha que degustaríamos na beira da piscina com outros mochileiros. Nosso próximo destino é cruzar o Deserto de Kalajari, em direção ao coração da África, Botswana, Zâmbia e Zimbawe.

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Acampamento básico nas frias noites do Deserto Namíbia
Acampamento básico nas frias noites do Deserto Namíbia

Até Botswana, Tchau

Crianças da favela recebendo material do InterAgir
Compartilhando com jovens do mundo inteiro um jazz no bar do Cardbox
No primeiro dia no Deserto da Namíbia, nosso pneu estourou e fomos ajudados por duas suíças aventureiras
No segundo dia, ficamos sem gasolina e - novamente - fomos socorridos pelas nossas amigas suíças